
O delegado da Polícia Federal que coordenou a Operação Satiagraha, Protógenes Queiroz, disse que o banqueiro Daniel Dantas pretende "tumultuar" os processos judiciais que apuram supostas gestão fraudulenta e corrupção de policiais federais atribuídos a Dantas e ao grupo Opportunity.
Dantas afirmou, em depoimento prestado à CPI dos Grampos, que o delegado lhe disse, na carceragem da PF em São Paulo, que pretendia "investigar" um dos filhos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
À Folha, Queiroz negou ter dito isso ao banqueiro e negou que a operação pudesse atingir um filho de Lula. "Em nenhum momento disse qualquer coisa sobre um filho do presidente. Isso é uma invenção dele. É uma estratégia da defesa para tumultuar o processo."
O delegado disse que Dantas adota a mesma estratégia "de incluir nomes famosos" em outras ações judiciais.
Em depoimento à Justiça de Nova York, em 2007, segundo o delegado, Dantas citou os nomes dos prefeitos Celso Daniel (PT), de Santo André, e Toninho do PT, de Campinas, mortos em 2002 e 2001, respectivamente. "Ele quer tirar o foco dele e jogá-lo em pessoas importantes, é uma estratégia antiga."
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