quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Caso enigmático?

Do Consultor Jurídico
Papéis trocados
Chicaroni acusa Protógenes Queiroz de pedir propina
por Claudio Julio Tognolli

Famoso por ter prendido o banqueiro Daniel Dantas, na Operação Satiagraha, o delegado federal Protógenes Queiroz passou à posição de vidraça. O novo depoimento prestado pelo empresário e professor universitário Hugo Sérgio Chicaroni, no dia 7 de agosto, muda a versão de um dos casos mais enigmáticos do país. Protógenes, agora, é acusado de ter pedido dinheiro a Chicaroni para retirar Daniel Dantas e sua irmã Verônica da mira da Polícia Federal. Chicaroni disse que é amigo do delegado há pelo menos sete anos.

Em um depoimento de 48 páginas, Chicaroni afirma que não foi ele quem ofereceu dinheiro a policiais federais. Ao contrário. Ele diz que a soma inicial de R$ 50 mil, para mudar o curso das investigações, foi pedida pelo próprio delegado Protógenes.

“Eles foram comigo até a minha casa numa Mercedes-Benz preta que o delegado Victor Hugo Ferreira dirigia, e eu peguei 50 mil reais que eram do meu cliente [Wilson Mirza, advogado de Dantas] e entreguei para os dois”, diz ele no depoimento obtido pela revista Consultor Jurídico. E mais: “O delegado Protógenes Queiroz disse que o delegado Victor Hugo Ferreira mereceria receber [o dinheiro]”. Isso porque ele teria aceitado conversar com alguém do Opportunity sobre o caso.
Comentário
O delegado comunica ao juiz que está recebendo uma proposta de suborno. Consegue autorização para filmar o subornador. Filma o subornador. Leva o dinheiro e entrega à Polícia Federal. E vira "vidraça"? E o caso fica "enigmático"? Vidraça para quem? Ele virou vidraça por ousar investigar Dantas e a mídia. Até por ser "messiânico" (adjetivo que se pespega em quem ousa ir contra a corrupção institucional). Por suspeita de "suborno", não me consta. Episodio enigmático? Muda a versão? Nem os alunos de Tognolli, na ECA, embarcariam nessa.
Será que endoidaram todos? Qualquer bandido agora passa a acusar o policial e, mesmo quando seu crime é documentado, jornalistas escrevem que o depoimento "muda a versão". A partir de agora só serão incriminados criminosos que dêem depoimentos auto-incriminatórios. Criminoso que disser que é inocente conseguirá mudar a versão dos fatos e transformar casos cristalinos em enigmáticos.

Comentário meu:

Caso enigmatico, coisa nenhuma:
Patética é essa insinuação, pois todo mundo sabe que este site “Consultor Jurídico” pertence ao amigo do acusado. Ou seja, ele recebe dinheiro diretamente do Daniel Dantas. Paulo Henrique Amorim, em seu blog, e Luiz Roberto Demarco, em um artigo no Observatório da Imprensa, já demonstraram que o Márcio Chaer, dono do site Consultor Jurídico, é um dos mais ativos jornalistas-lobistas que defende os interesses de Daniel Dantas.
Qualquer notícia que venha deste site, portanto, é absolutamente viciada de antemão por suspeição.
Incrível que o Cláudio Tognoli, jornalista experiente e um dos melhores repórteres investigativos que já passaram pela Folha de São Paulo, tenha caído em uma dessas e se preste a esse tipo de papel...
Abraço,
Eduardo Enfim, ele de fato, virou o jogo!!!

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