Estou tão envergonhado quanto vocês. Inacreditável o que está acontecendo no Brasil. O próximo passo é mandar prender o delegado Protógenes Queiroz.
Com a cobertura da mídia brasileira Daniel Dantas e seus advogados milionários conseguiram promover uma completa inversão de valores.
Na CPI dos Grampos tanto o delegado quanto o juiz De Sanctis foram colocados na defensiva. Já o banqueiro ficou à vontade para usar uma instituição do Congresso como palanque e, como escrevi, mandar recados ao PT, ao PSDB, ao presidente da República.
Qual seria a reação normal a isso? Que fossem cantados os blefes do banqueiro. É o que todos queremos, presumo.
Que se diga se existem os 25 milhões de euros supostamente pagos a políticos brasileiros, que se saiba se de fato o filho do presidente Lula foi favorecido por Dantas ou adversários dele, se os antigos grampos telefônicos do BNDES implicavam mais gente ligada ao PSDB na privatização da telefonia.
No entanto, os réus e seus advogados movem suas peças com a certeza de que têm espaço garantido na mídia:
Advogado de Chicaroni pede quebra de sigilo de Protógenes
Ele disse que Chicaroni e Protógenes eram amigos e que o suposto suborno teria sido iniciativa de federais
Carolina Ruhman, da Agência Estado
SÃO PAULO - Ao chegar na manhã desta quinta-feira, 14, à Justiça Federal, o advogado de Hugo Chicaroni, Alberto Carlos Dias, informou que pediu à Justiça a quebra do sigilo telefônico de seu cliente e do delegado Protógenes Queiroz. Ele alega que os dois eram amigos há sete anos e que o suposto suborno, registrado em vídeo e anexado ao processo, teria sido uma iniciativa dos delegados federais - Protógenes e Vitor Hugo Rodrigues Ferreira.
De acordo com Dias, Protógenes e Ferreira teriam telefonado para Chicaroni e "ali já se travou a suposta tratativa (de suborno), com relação a dinheiro, inclusive". Segundo o advogado, a "ação foi preparada" e a ligação já estava sendo monitorada.
Em audiência nesta quinta, o juiz da 6ª Vara Criminal da Justiça Federal de São Paulo, Fausto Martin de Sanctis, toma os depoimentos das três testemunhas de acusação do Ministério Público em processo que resultou da Operação Satiagraha, da Polícia Federal, que desmontou suposto esquema de desvio de recursos públicos, evasão de divisas, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. São eles Protógenes, Ferreira e o escrivão Amadeu Ranieri.
sexta-feira, 15 de agosto de 2008
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